sexta-feira, 18 de novembro de 2011

"Já estou caída no sono quando Damen liga. Embora eu tenha passado os últimos dois dias tentando convencer a mim mesma de que não  gosto dele, tudo muda assim que ouço sua voz.
 - É muito tarde? - ele pergunta.
Apertando os olhos para enxergar os números verdes do despertador, vejo que é muito tarde, sim, mas respondo:
 - Não, tudo bem.
 - Você estava dormindo?
 - Quase. - Ajeito os travesseiros contra a cabeceira da cama e me recosto neles.
 - Eu estava pensando... Será que posso dar uma passadinha aí?
Novamente olho para o despertador, apenas para confirmar a insanidade da pergunta.
 - Acho que não é uma boa idéia - digo.
Segue-se um silêncio tão demorado que chego a pensar que ele desligou.
 - Desculpe não tê-la encontrado no almoço - ele diz finalmente. - Nem na aula de arte. Fui embora logo depois da aula de inglês.
 - Hmm... sei - resmungo, sem saber direito o que falar, já que não somos um casal nem nada. O cara não me deve satisfação alguma.
 - Tem certeza de que é muito tarde? - ele pergunta, a voz grave e persuasiva. - Quero muito vê-la. Não vou demorar.
Sorrio, felicíssima ao perceber essa pequena mudança: é ótimo saber que, só pra variar um pouco, agora sou eu quem está dando as cartas.
 - A gente se vê amanhã na aula de inglês - digo, e mentalmente me cumprimento com um tapinha nas costas."

Ever Bloom
Para Sempre
Pág: 91

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